Brasil, 02 de Maio de 2024
24 de março de 2003

Hair Brasil reflete desempenho de mercado que movimenta R$ 500 milhões/ano

Hair Brasil reflete desempenho de mercado que movimenta R$ 500 milhões/ano



Hair Brasil reflete desempenho de
mercado que movimenta R$ 500 milhões/ano

Faça você mesmo o teste: imagine a região onde mora e verifique se há algum salão de beleza nas proximidades. Com certeza a resposta será afirmativa. Mesmo que o crescimento seja visível, o setor tem dificuldades em quantificar quanto do movimento do mercado de beleza corresponde ao segmento profissional. Existem estimativas sobre o número de salões e de cabeleireiros em atividade, mas pouco se sabe sobre o consumo de produtos, equipamentos e serviços dentro dos salões de beleza e clínicas de estética. Segundo a indústria fornecedora, existem em atividade no país cerca de 1 milhão de cabeleireiros e o mercado de produtos profissionais movimenta em torno de R$ 500 milhões/ano.

Um fato que serve como sinalizador do potencial deste mercado é o crescimento da HAIR BRASIL - Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética, que acontece em São Paulo até o dia 25 de março. O evento cresceu 50% em relação à primeira edição, em 2002. Mais de 300 marcas profissionais de beleza ocupam 12 mil metros quadrados de estandes nos pavilhões Transamérica Expo Center, para mostrar suas novidades a um público formado por cabeleireiros, maquiadores, manicures, dirigentes de salões de beleza, clínicas de estética, distribuidores e lojistas de produtos de beleza. "Os expositores da feira vêm de 9 Estados brasileiros, para conquistar novos clientes e ganhar mercado entre os 40 mil profissionais esperados para o evento", ressalta Jeferson Santos, diretor geral da feira.

O Sindicato Patronal dos Institutos de Beleza e Cabeleireiros, que possui 7.500 estabelecimentos cadastrados na cidade de São Paulo, informa que do total de salões existentes 55% têm no máximo 3 funcionários; 15% empregam 10 a 18 funcionários; 20% têm entre 15 e 25 funcionários; e 10% trabalham com mais de 25 funcionários. O total de empregos gerados pelo setor na capital paulista está em torno dos 100 mil, muitos deles ainda na informalidade, diz Adalto Meciano, assessor da entidade.

De acordo com o Sindicato existem no Estado de São Paulo mais de 30 mil salões. Levantamento da Junta Comercial junto aos mais de 5 mil municípios brasileiros aponta para 240 mil salões em todo o Brasil. Porém esta quantia pode ultrapassar os 500 mil quando computados os estabelecimentos que trabalham de maneira irregular.

Outro indicador da velocidade de crescimento deste mercado está relacionado à busca de formação ou aperfeiçoamento profissional. Elio Sassaki, coordenador de uma das unidades do Senac - SP, diz que os cursos da área de beleza estão entre os mais procurados. "A procura nunca diminui e 60% dos interessados são pessoas que buscam aprendizado para abrir seu próprio negócio."
Apenas esta unidade do Senac forma mais de 240 profissionais/ano na área de cabelo e 270 profissionais/ano na área de maquiagem. Vale lembrar que o Senac possui 60 unidades somente na cidade de São Paulo. E mesmo sabendo que nem todas oferecem cursos de beleza, dá para imaginar como é significativa a quantidade de novos profissionais que entram neste mercado - e que têm necessidade de comprar produtos e equipar seus salões.

A indústria de móveis e equipamentos para salões de beleza - também presente na HAIR BRASIL - serve como um outro referencial de crescimento do setor. Segundo fabricantes, as vendas no ano passado tiveram incremento de 10%, se comparado ao período anterior.


Segmento de cuidados com cabelos faturou R$ 2,1 bilhões

A surpreendente trajetória do mercado de coloração no Brasil também revela o quanto a área de beleza está crescendo. Em 1994 este tipo de produto alcançava vendas de 19,2 milhões de unidades. Hoje, já atinge mais que o triplo deste total: quase 60 milhões de unidades/ano. Fato que comprova não só que o universo de usuários de coloração no Brasil vem aumentando, mas também que a freqüência de uso está maior.

Dados da Associação Brasileira Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) registram a crescente preocupação dos brasileiros em cuidar mais da aparência e, com isso, ir com mais freqüência aos salões de beleza. As vendas do grupo de permanentes/alisantes subiram cerca de 26%, principalmente alisantes, com um excepcional crescimento médio de 37,8%, devido a um aumento na penetração de consumo de produtos étnicos.
Outros itens que tiveram crescimento de vendas foram os produtos para tratamento de cabelos (24,6%); produtos para colorir/descolorir (12%); maquiagem para olhos (19%); maquiagem para boca (12,2%) e maquiagem para rosto (14,9%). Segundo a associação, o mercado de cuidados com os cabelos (permanentes, relaxantes, shampoos, condicionadores, tratatamento, fixadores e colorantes) faturou R$ 2,1 bilhões em 2001, 14% a mais sobre o ano anterior. Já o de maquiagem teve vendas líquidas de R$ 564 milhões o mesmo período, com crescimento de 14% sobre 2000.

A pesquisa The World Market for Cosmetics and Toiletries 2002, realizada pela Euromonitor, também confirma a preocupação dos consumidores latino-americanos com a aparência, mostrando que o segmento de produtos para tratamento de cabelos foi um dos que mais cresceu. Segundo o estudo, 25% de tudo que é gasto em higiene pessoal (categoria dos shampoos, condicionadores, cremes para cabelos, entre outros) e cosméticos (categoria dos permanentes, colorantes, maquilagem, etc.) vão para tratamento dos cabelos. Em 2001, este segmento vendeu US$ 4,5 bi em toda América Latina.

No Brasil, a venda de produtos de beleza diretamente pelos salões aos seus clientes ainda representa muito pouco no mercado total, algo abaixo dos 5%. Nos Estados Unidos, por exemplo, este volume salta para 40%, pois quase todos os salões americanos têm também uma loja junto ao salão, oferecendo uma variedade de itens aos seus freqüentadores. Neste ponto surge mais um dos diferenciais mercadológicos da Hair Brasil: além de atualizar os profissionais, a feira também lhes oferece novas possibilidades de negócios, além da prestação de serviço: vendendo produtos em seus próprios estabelecimentos, os cabeleireiros podem ampliar suas atividades, tornando-se pequenos lojistas.

 
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