10 de novembro de 2015

Bases cosméticas ideais = mais segurança e melhores resultados

Bases cosméticas ideais = mais segurança e melhores resultados





Bases cosméticas ideais = mais segurança e melhores resultados

Por Isabel Luiza Piatti

Resultados eficazes e satisfatórios em um tratamento estético dependem de vários fatores, inclusive da escolha do cosmético adequado para determinado tratamento. Por que dizemos isso? Se um profissional optar pelas bases cosméticas apropriadas, por exemplo, ele terá um produto trabalhando a seu favor e não precisará de muitas manobras de massagem.

Principalmente porque nos dia atuais está comprovado que uma parcela relevante de profissionais estão se aposentando precocemente devido à movimentos repetitivos e sobrecarga de esforços. Por isso vale reforçar que eles já contam com alta tecnologia disponibilizada em forma de cosméticos voltados à sua segurança e benefício de sua saúde.

O segredo está em utilizar cremes com bases biocompatíveis, que não necessitam de uma grande quantidade de produto para o deslizamento devido à qualidade da base e à dosagem dos ativos na formulação. São eles que proporcionarão o resultado e não a quantidade de manobras de massagem e o esforço dispensado em realizá-las. As bases levam esse nome porque são compostas 100% de óleo vegetal e totalmente compatíveis com a membrana celular, permitindo permeação efetiva dos ativos presentes no produto. Esse é um grande diferencial que o consumidor deve procurar nos produtos cosméticos, pois a prática comum do mercado utiliza um misto de óleo vegetal e mineral, ou pior, apenas óleo mineral, que até rendem manobras de massagens mais extensivas, porém causam malefícios à pele, como risco de toxidade e sensibilização, além de impedirem a ação dos ativos. Ele não possui valor nutritivo, não é absorvido pela pele e não promove hidratação, pelo contrário, tem ação comedogênica.

Existem na literatura vários artigos que comprovam seus malefícios. Com relação aos riscos para os indivíduos constantemente expostos ao óleo mineral, como os profissionais de saúde estética, foi comprovado que estes possuem uma maior predisposição de apresentarem o anticorpo fator reumatoide positivo, que está relacionado a várias doenças de caráter reumático, e que eles possuem um risco aumentado de desenvolver artrite reumatoide.

Esse risco é ainda maior quando o indivíduo possui um genótipo que favorece esse tipo de predisposição e quando o indivíduo é exposto simultaneamente a outros agentes ambientais (fatores epigenéticos) que induzem artrite reumatoide, pois sabe-se que o óleo mineral está presente em vários produtos do nosso dia-a-dia, não sendo restrito apenas a cosméticos. Para identificar sua presença em um produto verifique sempre a descrição completa da formulação dos ingredientes no rótulo. Se constarem as palavras mineral oil, paraffin oil ou paraffinum liquidum (petrolato), o produto terá sua eficácia diminuída, pois contém óleo mineral, agente notadamente tamponante.

Para ser considerada biocompatível, a base também deve estar livre de outras substâncias nocivas, como os conservantes parabenos, propilenoglicol, parafina e conservantes liberadores de formol (DMDM Hidantoin e Imidazolidinil Urea). No caso dos parabenos, estudos mostram que além de potencial estrogênico, apresentam ação uterotrófica, ou seja, pode apresentar efeitos tóxicos sobre o sistema endócrino interferindo com a regulação hormonal e o sistema reprodutor. Estudos com biomarcadores para substâncias químicas com atividade estrogênica comprovaram o potencial estrogênico dos parabenos no organismo.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos avaliou oito produtos cosméticos que continham parabenos em sua formulação, e como resultados, os autores encontraram que seis apresentaram atividade estrogênica. Também foi mostrado que a exposição aos parabenos está associada a riscos maiores de alterações no ciclo menstrual, na fertilidade e na predisposição a cânceres de origem hormonal. Ademais, os riscos não envolvem apenas alterações endócrinas, pois existem células de câncer de mama que são altamente responsivas a estrógeno, e estudos mostram que os parabenos, por se comportarem como estes hormônios, também são capazes de induzir a proliferação dessa linhagem celular cancerígena.

Os parabenos, justamente por terem essa ação semelhante à do hormônio feminino estrogênio, são contraindicados em tratamentos estéticos, pois esses, em alguns casos, estão diretamente ligados ao aparecimento de alterações inestéticas como a acne, celulite e também manchas, é que o uso de produtos cosméticos com presença de parabenos é contraindicado nos tratamentos estéticos. É como se você estivesse tratando a alteração justamente com o que a provoca, o que por si só já é contraditório. Para identificar a presença desse componente procure na formulação por: methylparaben, propylparaben, ethylparaben, isobutylparaben, butylparaben, benzylparaben e isopropylparaben. Algumas opções de conservantes já adotadas pelo mercado são o phenoxyethanol, methylisothiazolinone, caprylyl glycol, potassium sorbate, entre outros.

Outra substância nociva para o organismo que é constantemente encontrada em cosméticos é o propilenoglicol. Possui grande capacidade alergênica e irritativa, além de ser o responsável por desencadear reações cutâneas como dermatite de contato irritativa, dermatite de contato alérgica, urticária de contato e irritação subjetiva. Quando ocluídos, os cosméticos contendo propilenoglicol têm suas capacidades irritativas aumentadas. Já os liberadores de formol são altamente capazes de induzir reações alérgicas, principalmente em trabalhadores constantemente expostos a essas substâncias como esteticistas, massagistas, cabeleireiros, entre outros.

Além disso, as bases biocompatíveis também são importantes por fazerem parte de um novo conceito internacional de qualidade que vem crescendo no mercado – o dos cosméticos ecologicamente corretos, que oferecem mais segurança. Ricas em ômegas 3, 6 e 9, quando em formulações cremosas ou gel creme, elas são importantes para garantir a segurança e eficácia dos cosméticos.

Isabel Piatti
Profissional Aisthesis. Tecnóloga em Estética e Imagem Pessoal. Técnica em Estética. Especialista em Cosmetologia. Especialização em Escolas de Estética e Terapias Alternativas na Europa, na área Facial, Corporal e Bem-Estar. Palestrante no VI Congresso Mundial de Medicina Estética da IAAM/ASIME. Palestrante em Congressos da área da Saúde Estética Nacionais e Mundiais. Diretora e Coordenadora de Treinamentos e do Departamento de P&D da Buona Vita Cosméticos. Consultora técnica de revistas e sites da área de Beleza e Estética. Autora dos Livros "Biossegurança Estética & Imagem Pessoal – Formalização do Estabelecimento, Exigências da Vigilância Sanitária em Biossegurança" e "Gestantes: Cuidados Estéticos Durante a Gravidez". Contatos: isabel@buonavita.com.br www.buonavita.com.br