Brasil, 19 de Abril de 2024
21 de janeiro de 2019

Respeitável público: apresentamos a história do Circus Hair...

Circus Hair

A relação com o universo da beleza é antiga. Rodrigo Lima, proprietário da rede de salões Circus Hair, começou como cabeleireiro. Hoje, ele ainda corta cabelos – e garante que o amor pela profissão não mudou - mas divide a sua rotina com a função de gestor de um negócio que tem um modelo diferenciado e está dando muito certo.

Rodrigo Lima | Circus HairJá são duas unidades na cidade de São Paulo com cerca de 100 profissionais trabalhando, dentre cabeleireiros, manicures, maquiadores e barbeiros. A equipe diversa, talentosa, profissional e aberta ao novo é um dos segredos de sucesso revelados por Rodrigo. “Nossos profissionais estão sempre buscando atualização e também oferecemos palestras e cursos a eles em outras áreas que complementam seus conhecimentos técnicos”.

Além disso, parcerias estratégicas possibilitaram a criação de um multiespaço conectado a beleza, moda, cultura e entretenimento. “O que significa que nosso cliente pode chegar e encontrar um espetáculo de circo, um show de rock, provar um drink ou um sorvete, participar de uma festa drag queen ou qualquer coisa, são muitas surpresas a cada ano”, explica o cabeleireiro e empresário.


“O Circus nasceu com o intuito de ser um salão que abrigasse tudo de incrível”
 

Este modelo de negócio, inclusive, tem atraído diversas empresas que apostam em na possibilidade de apresentar seus produtos aos clientes do Circus de uma forma mais qualitativa, verdadeira e com feedbacks espontâneos.

Conversamos com Rodrigo para saber mais sobre a sua caminhada no ramo empresarial, conhecer as barreiras e dificuldades encontradas e entender a sua visão sobre o mercado de beleza de um modo geral.


“É um momento muito importante para o mercado de beleza”
 

Circus Hair

Acompanhe a seguir:

HB - Como surgiu a ideia de montar um salão no estilo do Circus Hair?
Rodrigo Lima –
No ano de 2011, depois de ter sido sócio de dois empreendimentos de beleza que não foram para frente, juntei minhas economias e fui passar alguns dias em Londres. Lá, caminhei muito, absorvi tudo de novo que vi e decidi abrir meu próprio negócio. 

HB – E o que você tinha em mente?
Rodrigo Lima
- Eu sabia que precisava ser inovador e especial para as pessoas, queria algo que surpreendesse, encantasse e tivesse uma decoração alegre e divertida. Percebi então que a filosofia do circo era perfeita. Assim nasceu o Circus, com o intuito de ser um salão de beleza que pudesse abrigar tudo de incrível que já acontece em outros espaços ligados a moda, arte, cultura e entretenimento. 


“O seu negócio precisa refletir uma identidade” 
 

HB - Quais foram as percepções de mercado que deram o start para este modelo de negócio?
Rodrigo Lima -
Por ter uma trajetória como cabeleireiro eu sempre tive uma escuta bem ativa com meus clientes. Sempre conversava muito com pessoas de diferentes áreas, idades, hábitos e estilos. Sabia que nem todo mundo gostava de frequentar salão. Então pensei nos formatos de negócio que conhecia e quis implantar algumas mudanças. O Circus seria um multiespaço com foco em beleza e bem-estar, mas não se limitaria a isso. Seria um salão de ambientes compartilhados, colorido, com mobiliário que contasse uma história, que tivesse festas, shows, bebidas e uma experiência que fosse significativa. Queria que as pessoas pudessem ser o que quisessem, queria encantar assim como um espetáculo circense faz com seu público. 
 
HB - E quais foram as principais dificuldades encontradas?
Rodrigo Lima
- Nesses sete anos, todos os dias enfrentamos dificuldades. É um aprendizado diário, às vezes angustiante, mas é assim que estamos evoluindo. Acredito hoje que o mais importante é saber como lidar com as questões que surgem. Se eu pudesse citar algumas dificuldades principais, destacaria duas que impactam a vida da maioria dos cabeleireiros que decidem ter seu próprio negócio. 


“Empenhe-se naquilo que faz seu coração bater mais forte” 
 

HB – E quais são elas?
Rodrigo Lima –
A primeira é o acúmulo de funções. Por ser cabeleireiro e gestor do negócio, muitas vezes é difícil equilibrar ambas. Eu amo ser cabeleireiro, amo cortar e amo os clientes, mas não posso descuidar do funcionamento do salão como um todo. E a segunda é o entendimento da área financeira. Muitas vezes começamos um negócio sabendo o básico dos custos, entradas e saídas.

HB – E como resolver a questão do acúmulo de funções?
Rodrigo Lima –
Bem, entendi que não podia ser só eu. Hoje tenho pessoas que coordenam outras áreas, felizmente, mas no início, eu fazia tudo, cortava, ia ao banco, consertava o lavatório, fazia a divulgação. Sei que essa é uma realidade da maioria dos salões, ter uma pessoa que acaba ficando responsável por tudo, mas com o crescimento do Circus era impossível fazer bem tudo. Um prato acaba caindo.

HB – E a questão financeira? Que é realmente uma grande dificuldade para diversos empresários do setor.
Rodrigo Lima -
Entender como se organiza o seu salão, saber seu custo fixo, variável, negociar com seus fornecedores, ver taxas, dívidas, programar pagamentos, fazer planejamento, tudo isso precisa ser rotina para quem quer ter seu próprio negócio. Nem sempre vai ser fácil, mas sempre necessário. Com esse diagnóstico, é possível prever com antecedência certas dificuldades e rever formatos, atividades.
 
HB - Hoje, são duas unidades na cidade de São Paulo. Há planos para expansão?
Rodrigo Lima -
Sim, temos uma unidade na Rua Pamplona e outra na Rua Augusta. Temos planos de expansão sim, já tivemos convites para abrir unidades do Circus no Brasil e no exterior, mas fiz a opção de primeiro organizar internamente o nosso modelo de negócio para conseguir dar esse passo com qualidade e profissionalismo. 

HB - Sobre o mercado de beleza no país, quais as principais mudanças, em sua opinião?
Rodrigo Lima -
Estamos num processo contínuo de profissionalização do segmento, o que é muito positivo! Hoje temos leis para regular a relação entre profissionais e salão, temos a tecnologia a nosso favor, os clientes estão mais livres, conscientes de sua própria beleza (incluindo os homens, cuja frequência no salão e cuidados com a beleza só aumentam), temos mais produtos à disposição e variedade de marcas no mercado. Além disso, os salões têm investido em gestão e os profissionais ficam cada vez mais qualificados. É um momento muito importante para o mercado de beleza. 


“Não fazemos nada sozinhos, busque parceiros para crescer com você”
 

HB - Quais dicas você daria para profissionais que têm seu próprio salão e querem traçar um caminho de sucesso como o da Circus?
Rodrigo Lima
- Eu acho que a primeira dica é ser verdadeiro com você mesmo. O seu negócio precisa refletir uma identidade, empenhe-se naquilo que faz seu coração bater mais forte. Eu só trago para o Circus marcas e parceiros em que acredito. Também acho importante estudar, buscar conhecimentos, conversar com sua equipe, frequentar outros negócios, enfim, evoluir e aprender sempre. Por fim, tenha em mente que não fazemos nada sozinhos. Busque parceiros para crescer com você, acredite na sua equipe e nos seus clientes. 

HB - Por fim, planos e novidades para 2019 que já podem ser adiantados?
Rodrigo Lima
- Esse ano queremos avançar mais na profissionalização do nosso negócio, fazer mudanças para trazer mais inovação, cuidar do relacionamento com quem frequenta o nosso espaço, trazer mais gente pra conhecê-lo. Em breve, novas "atrações" do nosso picadeiro por aí!

Circus Hair

 
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