Brasil, 28 de Março de 2024
09 de janeiro de 2018

Conceito de Estética Humanizada ganha espaço no mercado de beleza ao valorizar o paciente

Percepção, sensação, sensibilidade. Esses são três significados da palavra “estética”, que vem do grego “aisthésis”. “Embora tenha essa definição, a indústria da beleza e a movimentação econômica podem levar ao consumismo desmedido e, consequentemente, à banalização dos atendimentos pelos profissionais de Saúde Estética. Com essa massificação, corre-se o risco de transformar o indivíduo em objeto, e não é isso que queremos. Pelo contrário, estamos buscando uma conscientização para uma estética humanizada, personalizada, e não apenas pacotes fechados ou as chamadas ‘compras coletivas de tratamentos e protocolos’”, explica Isabel Piatti, especialista em Estética e Cosmetologia, embaixadora do CIA — Centro e Instituto Internacional de Aprimoramento e Pesquisas Científicas, Membro do Conselho Científico da Academia Brasileira de Estética Científica – ABEC. 

“Por esse motivo, o movimento da ‘Estética Humanizada’ vem ganhando adeptos no mundo inteiro com o resgate do real significado da palavra ‘estética’ e do papel do profissional da área, fornecendo ao paciente um atendimento dentro de suas necessidades e particularidades, valorizando-o acima de tudo como pessoa”, acrescenta.

A especialista explica que a Estética Humanizada pode ser facilmente aplicada no dia a dia de atendimento, abrangendo todo tipo de público, nos mais diferentes tratamentos, afinal está relacionado ao trabalho do profissional de saúde estética que utiliza seu conhecimento técnico para proporcionar saúde e beleza. 

“Falar em humanismo e em humanização é colocar o ser humano como ponto central, por sua essência e por toda história de vida que ele traz”. Já que, por meio da estética, também se busca felicidade, bem-estar, saúde, qualidade de vida e autoestima. A Estética Humanizada traz valorização ao paciente, buscando reforçar os cuidados e atenção, trazendo inclusive segurança na escolha dos métodos e produtos. 

Por isso inclui praticamente todo tipo de atendimento, seja o adolescente que busca corrigir um problema que vai além da estética, mas que influencia o emocional e social, seja a gestante que busca um atendimento especializado para um momento especial e delicado de sua vida, a terceira idade, e até mesmo uma atenção especial para as mulheres – um público em potencial exposto a alterações hormonais e endócrinas, e que devem estar bem atentas para a composição dos produtos cosméticos que utilizam justamente para evitar substâncias consideradas xenobióticas (estranhas ao organismo), chegando a atuar como disrruptores endócrinos, ou seja, podem se comportar semelhante a alguns hormônios. “Um exemplo são os parabenos, que no corpo apresentam ação similar à do estrogênio”, completa.

O conceito de “Estética Humanizada” ganhou força com o encontro de Isabel Piatti, e Vera Golik, jornalista e escritora, coautora do Projeto “De Peito Aberto - a autoestima da mulher com câncer de mama, uma abordagem humanista”. Isabel já tinha como prática aplicar esse tipo de cuidado com suas/seus clientes, além de disseminar em seus cursos e palestras. 

A parceria com o Projeto “De Peito Aberto”, que dá ênfase à importância da humanização em todas as relações e todos os procedimentos que a paciente com câncer de mama tem que enfrentar, só veio corroborar para que o conceito de "Estética Humanizada", com tudo que ele engloba, se estabelecesse e ganhasse a devida importância e dimensão agora no Brasil. “Nada mais pertinente do que, neste Outubro Rosa, dar foco à ‘Estética Humanizada’ e ratificar assim uma bela parceria entre a Buona Vita e o Projeto ‘De Peito Aberto’”, comenta Vera. Veja dicas da especialista Isabel Piatti:

Atendimento — Isabel analisa um ponto chave: o momento do atendimento. “É necessário demonstrar interesse, atenção e cuidado, respeito à vida do outro como ser único, seja ele homem, mulher, adolescente, terceira idade, gestante, não importa qual momento esteja vivendo. Não bastam apenas excelência e eficácia técnica no atendimento, garantindo bons resultados, é necessário humanização”, enfatiza. 

Então, nesse sentido a avaliação do paciente precisa ser completa: “Não basta colher os dados básicos do cliente no momento do preenchimento do prontuário estético, é preciso saber ir mais além e aplicar no contexto das necessidades daquele cliente, ou correrá o risco de negligenciar o lado humano, que é olhar para a pessoa como ser único. É preciso também conhecer suas expectativas e sua relação atual com seu corpo, seu organismo e com as alterações que o incomodam, investigando suas causas, que podem ir além das questões estéticas, da genética (o que herdamos de nossos familiares) e epigenética (interferência do meio e dos hábitos de cada um)”, explica.

Ambiente e conhecimento — Nesse cenário, Isabel comenta que os profissionais de Saúde Estética precisam ter condições adequadas de trabalho, com espaços confortáveis em seu ambiente profissional, respeito à sua individualidade e do cliente, bem como fornecer atendimento de forma personalizada a partir da especialização do profissional. “Com isso, o profissional deixa de ser um ‘aplicador de cosméticos’ e passa a ter importância dentro de um contexto maior, sendo justamente aquele que utiliza seus conhecimentos para determinar tratamentos exclusivos para seus clientes”, explica.

Biossegurança e cosméticos seguros — De acordo com a especialista, o profissional deve manter sempre uma relação que preserva a ética e honestidade, bem como ser criterioso e atuar com segurança na aplicação dos tratamentos, com relação à biossegurança do ambiente e à escolha dos produtos e materiais utilizados.

 “Esse cuidado deve começar já na escolha dos cosméticos a partir de suas composições e não da marca de nossa preferência, que muitas vezes trazem substâncias que trabalham contra os resultados que desejamos”, alerta. “Pensando nessa segurança, devemos ler os rótulos e buscar produtos com bases biocompatíveis, que além de ricas em ômegas 3, 6, 7 e 9, são importantes para melhorar a permeação dos ativos cosméticos na pele, permitindo a entrega de melhores resultados e com segurança, pois são livres de substâncias nocivas, irritantes e sensibilizantes, como o óleo mineral, parafina, propilenoglicol, fragrâncias artificiais, conservantes parabenos e liberadores de formol, como o DMDM Hidantoin e Imidazolidinil Urea”, comenta.

Os parabenos, por exemplo, são substâncias que podem ser encontradas nos cosméticos e que, além de acarretar em processo alérgico e de sensibilização da pele, apresentam características estrogênicas, ou seja, agem no organismo como se fosse o estrogênio, um hormônio feminino, explica Isabel. “Estudos mostram que os parabenos, ao serem aplicados na pele, podem ser absorvidos pelo corpo, provocando desregulação endócrina — o que pode comprometer e piorar o tratamento”. 

Além disso, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama é o mais incidente em mulheres, sendo os principais fatores de risco para esse tipo de câncer: a idade, aspectos endócrinos e genéticos. “Os aspectos endócrinos estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, com aumento de risco quanto maior for o tempo de exposição”, comenta. “Por isso, não há razões para insistir em uma matéria-prima como os parabenos, se a indústria oferece opções mais seguras.”

Por uma estética mais humanizada, Isabel recomenda cuidar da beleza com o que é mais seguro: “Opte sempre por cosméticos com Bases Biocompatíveis, o que reduz a exposição a fatores de risco”, finaliza. 

 
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