Brasil, 29 de Março de 2024
05 de julho de 2016

Como vender mais produtos e serviços?

Como vender mais produtos e serviços?





Como vender mais produtos e serviços?

Por Deise Garcia

De tempos em tempos, me apaixono por alguma série. A bola da vez atende pelo nome de Paradise, da Netflix. Ao contrário do que sugere o título, ela não fala de nenhuma ilha perdida, santuário ecológico ou uma vida celestial. Paradise é o nome de uma loja de departamentos, a primeira no mundo – segundo consta, o texto foi inspirado em fatos reais. O que me chama atenção – alem dos romances, intrigas e tudo o mais é a constante busca de seu dono e de uma jovem vendedora por clientes. Eles "vivem" para estimular a compra, aumentar o desejo e impulsionar o consumo. Tudo sem nenhuma regra oficial de marketing (que sequer deveria existir como categoria), sem internet, sem nada. E o mais sensacional é que as ideias que eles utilizam lá são absolutamente usáveis para os dias de hoje – assim como as aflições, os erros, etc.

Tudo isso me faz refletir se não estamos um pouco acomodados em relação à clientela em geral, se não entramos meio que no automático achando que uma postagem nas redes é o suficiente. Ou, por outro lado, se não estamos pensando (equivocadamente) que apenas ideias mirabolantes podem funcionar. E também me pego lembrando de certas estratégias que alguns queridos da área têm aplicado com o maior êxito. Um salão percebeu que o movimento caia mais no mês de julho, com as férias da criançada – já que muitas mães viravam motoristas e recreadoras dos filhos, em especial dos pequenos. Para contornar a situação, bolou algo diferente: durante o mês todo, uma vez por semana, a mãe que fizesse um serviço lá poderia levar os filhos. As meninas ganhavam esmaltação bem colorida ou aplicação de adesivos nas unhas e os menino garantiam um penteado á la Neymar ou o que quisessem.

Para tal foram realocados apenas dois profissionais e uma recreadora. Enquanto esperavam a vez, as crianças ficavam desenhando, pintando, fazendo colagens (tudo em uma sala reservada). As mães, aliviadas, gostaram tanto da ideia que marcaram vários serviços ao invés de apenas um e, com o sucesso, passaram a fazer isso dois dias na semana. Outro salão criou o clube das mulheres. São encontros no final do dia, quando as pessoas já saíram do trabalho, regados a comidinhas e bebidas com desfiles de lingerie, bijuterias, bolsas – tudo enquanto as unhas são esmaltadas e os cabelos escovados. O custo disso? Nenhum. Todos que estão ali são parceiros que oferecem degustação em troca de divulgação. A Rotisserie, por exemplo, fornece alimento e criou um kit final de semana para as clientes com pratos completos para almoço e jantar. Nem preciso dizer que virou um sucesso, certo? Meu recado é: pense no que você como cliente precisa e gostaria de ter e ai ofereça exatamente isso. Simples e eficaz.

Quer falar comigo? Escreva para mim: deise@hmemrevista.com.br

Deise Garcia
Jornalista, especializada em beleza e negócios, há 20 anos atua na área. Trabalhou nas revistas Claudia, Manequim, Nova, Elle, Boa Forma, Marie Claire, Nova Beleza, entre outras e foi diretora das publicações Revista A – Ana Maria Braga, Lonely Planet, Estética Moda Cabelo e Cabelos&Cia.





 
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