Brasil, 29 de Março de 2024
28 de julho de 2015

Cinco erros frequentes em Biossegurança nos salões de beleza

Cinco erros frequentes em Biossegurança nos salões de beleza





Cinco erros frequentes em Biossegurança nos salões de beleza

Por Liliana Junqueira

Não basta fazer, tem que ser bem feito! Esses erros são comuns, mas podem comprometer a sua saúde, de seu cliente e também a qualidade dos serviços prestados.

1- USO INADEQUADO DE LUVAS
Passear pelo salão tocando em gavetas, abrindo portas, atendendo ao telefone, servindo café. Quem nunca viu essa cena que atire a primeira pedra! Usar luvas por si só já é um desafio, mas usá-las corretamente é um desafio ainda maior.

Motivo? Ao usá-las incorretamente você transporta os microrganismos de uma área à outra:
- contamina as áreas tocadas.
- traz a contaminação de outros ambientes e lugares para o seu procedimento.

O que fazer?
• Organize a área de trabalho e só coloque as luvas imediatamente antes de começar o procedimento.
• Lavar as mãos antes de colocar as luvas e depois de retirá-las é fundamental.
• Não toque outras áreas com as luvas, em especial parte de seu corpo como cabelos, boca e a máscara.

2- USAR A MESMA LIXA PARA POLIR O CORPO DA UNHA DE VÁRIOS CLIENTES
Erro frequente e estimulado pelo custo maior desse item em relação à lixa comum de unha, que os profissionais já se acostumaram a descartar.

Motivo? A lixa de polir irá contaminar-se durante o procedimento.

O que fazer?
• Não tem saída: o cliente tem que ter a sua ou você fornece uma nova lixa de polir a cada cliente que necessitar do procedimento.

3- USAR CREMES EM POTES
É difícil usar um creme sem contaminar o restante do conteúdo do pote, mesmo usando uma espátula, pois ela será utilizada mais de uma vez durante a atividade.

Motivo? Os microrganismos da pele do cliente são transportados e contaminam o creme.

O que fazer?
• Use loções cremosas. Atenção ao servir: Use as costas da mão para ativar a bomba ou proteja passando álcool 70% entre uma cliente e outra.



4- USAR ÓLEO SECANTE COM PINCEL
Óleo secante além de ajudar a secar o esmalte mais rápido, também facilita a retirada dos esmaltes vermelhos sem impregnar a pele. Esse truque é muito utilizado e realmente ajuda. A contaminação dos esmaltes acontece, mas o ambiente não é muito propício à sobrevivência dos microrganismos e ainda deverá ser estudada com maior rigor. O óleo já é quimicamente mais favorável e uma maior atenção deve ser dada ao seu uso.

Motivo? Os microrganismos da pele do cliente são transportados e contaminam o produto.

O que fazer?
• Usar óleos em spray. O cliente pode ter o próprio óleo secante ou ainda partir para as milagrosas gotinhas fast-dry (cuidado para não encostar o conta-gotas na pele).



5 - USAR ESTUFAS PARA ESTERILIZAR INSTRUMENTOS
Tradicional método de esterilização que já foi proibido em vários Estados, para área da beleza, e para em todo o país para hospitais.

Motivo? Muita margem para erros o que pode impedir que a esterilização aconteça, permitindo a sobrevivência de microrganismos causadores de doenças.

O que fazer?

• Utilizar somente autoclaves com registro na ANVISA para esterilizar os instrumentos. Aprenda a utilizá-la corretamente fazendo um treinamento para ter sucesso da esterilização.


Liliana Junqueira
Bióloga e Mestre em Saúde Pública. Coordena o 1º simpósio de Vigilância sanitária e a sua interface na área da beleza da Hair Brasil.
 
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