Brasil, 25 de Abril de 2024
10 de novembro de 2014

Alterações cutâneas na face do tabagista

Alterações cutâneas na face do tabagista





Alterações cutâneas na face do tabagista

Por Cristina Duarte

O hábito de fumar associa-se a um risco aumentado pelo desenvolvimento de diversas patologias, como doenças cardiovasculares, doenças obstrutivas pulmonares, patologias oncológicas e ósseas, alterações cutâneas, entre outras. Dos numerosos componentes do tabaco, a nicotina é a que se apresenta em maior quantidade, sendo absorvida através da pele, membranas mucosas do trato respiratório e cavidade oral.

O cigarro provoca a vasoconstrição, mantendo o vaso contraído por aproximadamente 90 minutos e, devido a esta pouca circulação sanguínea, a pele recebe menos oxigênio, formando-se assim as rugas. Além disso, a fumaça do cigarro provoca uma inflamação subclínica e visível da pele e leva ao envelhecimento.

A nicotina também aumenta a produção de radicais livres e prejudica a circulação sanguínea e é por isso que a pele do fumante é amarelada e sem vida. A falta de sangue age na camada de gordura da pele (logo abaixo da derme). Com menos oxigênio, o número de células gordurosas diminui. Na face esse processo é prejudicial porque é esta gordura que ajuda na sustentação da pele. Como resultados notamos ossos saltados e bochechas aprofundadas.

O fumo envelhece a pele prematuramente, removendo proteínas que lhe dão elasticidade, privando-a de vitamina A e restringindo a circulação do sangue. A pele do fumante é seca, áspera e enrugada, especialmente ao redor dos lábios e dos olhos. Quem fuma tem 4,7 vezes mais chance de possuir rugas do que os não fumantes.

Em outra pesquisa divulgada, constataram que a cada dez anos de tabagismo a pele tem um envelhecimento de, no mínimo, dois anos, ou seja, uma pessoa que fuma durante 30 anos tem a pele seis anos mais velha.

Como proposta de tratamento, o Esteticista pode atuar com recursos cosmetológicos como, por exemplo, o uso de cosméticos antioxidantes (atuantes nos radicais livres) e renovadores da superfície da pele como os peelings químicos. A utilização de recursos manuais incrementará a circulação sanguínea no local massageado. A utilização de recursos eletroestéticos facilitará a permeação de princípios ativos e estimulará as estruturas da derme e atuará em grupos musculares da face (dependendo da corrente utilizada). Os programas de tratamentos estéticos colaboram muito no resultado da pele do tabagista.

 

Cristina Duarte
Coordenadora do curso de Graduação em Estética da Universidade Anhembi Morumbi.

 

 
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