Administração financeira é tema de palestra no Congresso de Manicure

Dinheiro é coisa séria! Saber administrar as finanças é um dos principais segredos para um negócio ir para frente. Ao identificar esta como uma das principais dificuldades de diversos profissionais do setor de beleza, a Hair Brasil convidou um especialista para uma palestra especial no Congresso de Manicure.

“Em um ato pioneiro, a Hair Brasil identificou a necessidade de esclarecimentos”
 

Marcelo Honório, economista que atua no mercado de capitais brasileiros há mais de 30 anos, será o responsável por falar com todos os congressistas sobre a importância de administrar bem as finanças para obter sucesso em qualquer ramo de atividade escolhido para a construção de uma carreira sólida e próspera.

“Um aspecto que contribui com a dificuldade de reinvestimento está intrinsecamente atrelado à formação educacional”
 

Conversamos com o palestrante para entender o que pretende levar para sua apresentação e saber como enxerga a necessidade de chegar ao público da Hair Brasil.

Acompanhe:

HB - Poderia nos falar um pouco sobre sua palestra no Congresso de Manicure?
Marcelo Honório - Acredito que minha palestra vá contribuir no entendimento sobre a necessidade de controlar a vida financeira. Tentarei demonstrar com exemplos como todos podem, independente da profissão, controlar seus recebimentos, gastos e investimentos.

HB - Como e porque este tema foi escolhido?
Marcelo Honório – De maneira geral, o indivíduo sabe ganhar dinheiro com o suor do seu trabalho, mas o povo latino tem dificuldades em poupar recursos e isso vem muito da nossa formação cultural, de uma demanda reprimida e da falta de educação específica nessa área. Isso não é peculiar dessa ou daquela categoria, mas da grande massa. Por isso, esse tema deve ser sempre abordado.

HB - Em sua visão, porque esta realidade acontece?
Marcelo Honório - Um aspecto que contribui com a dificuldade de reinvestimento está intrinsecamente atrelado à formação educacional. Os profissionais liberais são os mais afetados pela falta da capacidade de gestão de recursos, pois durante a sua formação eles são capacitados naquilo que irão exercer mas não recebem subsídios para gerir aquilo que ganharão financeiramente. Isso é uma realidade tanto para o profissional formado pela prática, bem como para aqueles que são intitulados por formação acadêmica.

HB - Lidar com a gestão financeira ainda é um grande gargalo para muitos negócios de beleza?
Marcelo Honório – Sim, mas não é uma peculiaridade deste setor. Veja que a área da beleza é uma das mais rentáveis do país. Os investimentos nos insumos são relativamente baixos e a mão de obra normalmente depende do profissional que atua diretamente no seu negócio, sem contar ainda que é um dos setores da economia que mais cresce quando os indicadores macroeconômicos são favoráveis e o que menos é prejudicado nas crises. Pode-se usar de exemplo o período da maior recessão da história do Brasil provocada pela inoperância da gestão petista, esse foi o setor, dentre pouquíssimos, que mais cresceu nessa fase de crise que ainda não acabou. Então, se há recursos entrando, a única explicação para esse gargalo está intimamente atrelado a gestão financeira.

HB - Em sua opinião, qual é a importância de levar este tema a este grupo especificamente?
Marcelo Honório - Essa importância não é específica a esse grupo de profissionais, mas a todos. Talvez, os organizadores da Hair Brasil em um ato pioneiro, identificaram nessa categoria a necessidade de obter esclarecimentos. Meu desejo é que isso seja um trampolim para difundir a cultura de gerir recursos entre os profissionais liberais.

HB - Por fim, quais dicas para lidar com dinheiro você daria para alguém que quer começar um negócio na área da beleza e não tem experiência com gestão financeira?
Marcelo Honório - Buscar cursos específicos de capacitação financeira e controle de fluxo de caixa. O Sebrae e outras entidades oferecem esses cursos. 
Da mesma forma que você precisa de um advogado para questões jurídicas ou de um médico na de saúde, o investidor tem que adquirir o hábito de contratar um consultor financeiro, um economista na prática, quanto a gestão de recursos. E por fim, um banco parceiro que tenha um "gerente" com estreito relacionamento.

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